O mundo hoje em dia vive conectado, estamos sempre de olho em nossos computadores e celulares para ver as novas atualizações do mundo, quem está fora da internet é como se vivesse em outro mundo. Mas de onde exatamente a primeira transmissão entre dois dispositivos remotos foi feita? Pintada na cor verde e ainda responsável por abrigar o primeiro “nó” ou “nódulo” criado, a sala mostrada pela imagem acima pode ser considerada um precioso ponto histórico.
Localizada em um dos porões da Universidade da Califórnia de Los Angeles (UCLA), a sala 3420 Boelter Hall foi o ponto de partida da primeira transmissão de dados feita via cabos de telefones. “Em quantas revoluções você pode pensar ao olhar para este recinto! Onde tudo começou? Esta é a máquina que deu o primeiro sopro de vida à internet, que a fez dizer suas primeiras palavras”, diz Leonard Kleinrock, cientista de computação do Centro Kleinrock para Estudos sobre Internet.
Em 29 de outubro de 1969, os primeiros dois nódulos do aparelho Interface Message Processor (IMP) foram instalados: o primeiro, que tinha por função enviar a mensagem “LOGIN” via cabos, ficou cravado justamente na sala 3420 Boelter Hall, em UCLA. A segunda unidade do IMP foi instalada no Instituto de Pesquisas Stanford.
Mas a internet, assim como criança pequena, apenas balbuciou a palavra: somente a sílaba “LO” acabou chegando apropriadamente ao segundo nó, em Stanford. Uma hora depois, porém, os primeiros passos foram dados: a mensagem “LOGIN” chegou completa ao seu primeiro destino.
O sucesso da primeira transmissão de dados feita via cabos fez com que, já em dezembro de 1969, quatro nós fossem instalados EUA afora: IMPs passaram a existir então em UCLA, no Instituto de Pesquisas Stanford, na Universidade de Utah e também na Universidade da Califórnia. No ano de 1975, 57 IMPs já faziam parte da rede; em 1981, 213 nódulos ocupavam terras norte-americanas.
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