terça-feira, 11 de março de 2014

Conheça a sala na qual a internet nasceu

Localizada em um dos porões de UCLA, a sala 3420 Boelter Hall serviu como palco à primeira transmissão de dados feita via cabos

O mundo hoje em dia vive conectado, estamos sempre de olho em nossos computadores e celulares para ver as novas atualizações do mundo, quem está fora da internet é como se vivesse em outro mundo. Mas de onde exatamente a primeira transmissão entre dois dispositivos remotos foi feita? Pintada na cor verde e ainda responsável por abrigar o primeiro “nó” ou “nódulo” criado, a sala mostrada pela imagem acima pode ser considerada um precioso ponto histórico.

Localizada em um dos porões da Universidade da Califórnia de Los Angeles (UCLA), a sala 3420 Boelter Hall foi o ponto de partida da primeira transmissão de dados feita via cabos de telefones. “Em quantas revoluções você pode pensar ao olhar para este recinto! Onde tudo começou? Esta é a máquina que deu o primeiro sopro de vida à internet, que a fez dizer suas primeiras palavras”, diz Leonard Kleinrock, cientista de computação do Centro Kleinrock para Estudos sobre Internet.

A primeira sílaba


Em 29 de outubro de 1969, os primeiros dois nódulos do aparelho Interface Message Processor (IMP) foram instalados: o primeiro, que tinha por função enviar a mensagem “LOGIN” via cabos, ficou cravado justamente na sala 3420 Boelter Hall, em UCLA. A segunda unidade do IMP foi instalada no Instituto de Pesquisas Stanford.

Mas a internet, assim como criança pequena, apenas balbuciou a palavra: somente a sílaba “LO” acabou chegando apropriadamente ao segundo nó, em Stanford. Uma hora depois, porém, os primeiros passos foram dados: a mensagem “LOGIN” chegou completa ao seu primeiro destino.

O sucesso da primeira transmissão de dados feita via cabos fez com que, já em dezembro de 1969, quatro nós fossem instalados EUA afora: IMPs passaram a existir então em UCLA, no Instituto de Pesquisas Stanford, na Universidade de Utah e também na Universidade da Califórnia. No ano de 1975, 57 IMPs já faziam parte da rede; em 1981, 213 nódulos ocupavam terras norte-americanas.

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